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Carioca - Nascida no dia 07/12/92 - Sagitariana - Gosto de cantar, ler, escrever e conversar.

terça-feira, 20 de março de 2012

Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei.


O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas no rosto, e elas se misturaram com as águas geladas que correm diante de mim. Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, até que – distante dos meus olhos e do meu coração – todas estas águas se confundem com o mar.
Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele. Que minhas lágrimas corram para bem longe, e então eu esquecerei o rio Piedra, o mosteiro, a igreja nos Pireneus, a bruma, os caminhos que percorremos juntos.
Eu esquecerei as estradas, as montanhas e os campos de meus sonhos – sonhos que eram meus, e que eu não conhecia.
Eu me lembro do meu instante mágico, daquele momento em que um “sim” ou um “não” pode mudar toda a nossa existência. Parece ter acontecido há tanto tempo, e – no entanto – faz apenas uma semana que reencontrei meu amado e o perdi.
Nas margens do rio Piedra escrevi esta história. As mãos ficavam geladas, as pernas entorpecidas pela posição, e eu precisava parar a todo instante.
– Procure viver. Lembrar é para os mais velhos – dizia ele.
Talvez o amor nos faça envelhecer antes da hora, e nos torne jovens quando a juventude passa. Mas como não recordar aqueles momentos? Por isso escrevia, para transformar a tristeza em saudade, a solidão em lembranças. Para que, quando acabasse de contar a mim mesma esta história, eu a pudesse jogar no Piedra – assim me dissera a mulher que me acolheu. Então – lembrando as palavras de uma santa – as águas poderiam apagar o que o fogo escreveu.
Todas as histórias de amor são iguais.

Trecho do livro: "Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei." - Paulo Coelho

Todos nós já experimentamos isso na vida.


Todos nós, em algum momento, já dissemos entre lágrimas: “estou sofrendo por um amor que não vale a pena”. Sofremos porque achamos que damos mais do que recebemos. Sofremos porque nosso amor não é reconhecido. Sofremos porque não conseguimos impor nossas regras.
Sofremos à toa: porque no amor está a semente de nosso crescimento. Quanto mais amamos, mais próximos estamos da experiência espiritual. Os verdadeiros iluminados, com suas almas incendiadas pelo Amor, venciam todos os preconceitos da época. Cantavam, riam, rezavam em voz alta, dançavam, compartilhavam aquilo que são Paulo chamou de “santa loucura”. Eram alegres – porque quem ama venceu o mundo, não tem medo de perder nada. O verdadeiro amor é um ato de entrega total.
Cedo ou tarde, temos que vencer nossos medos – já que o caminho espiritual se faz através da experiência diária do amor.
O monge Thomas Merton dizia: “A vida espiritual se resume em amar. Não se ama porque se quer fazer o bem, ou ajudar, ou proteger alguém. Se agimos assim, estamos vendo o próximo como simples objeto, e estamos vendo a nós mesmos como pessoas generosas e sábias. Isto nada tem a ver com amor. Amar é comungar com o outro, e descobrir nele a centelha de Deus.”

segunda-feira, 19 de março de 2012

Como uma só pessoa...



E não duas.
Em uma rua,
Sentados em um banco,
Nos encarando.
Falando o que não saía pela boa,
Sim pelo olhar.
Reparando cada detalhe,
Matando a saudade...
Criando coragem pra te encarar mais de perto,
Tão perto que eu sentiria o seu respirar,
Seu coração pulsar,
E não desejaria em nenhum momento,
Ali não estar.
Meus olhos fechariam,
Seu corpo sentiria ao te abraçar.
Meu coração apertaria,
Pois a razão faz te negar.
Então dali sairia te negando,
Mas ficaria esperando,
Um dia novamente poder enfim te beijar,
Ficaria imaginando.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Saudade é não saber.



Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

domingo, 4 de março de 2012

Apaixone-se por alguém que te ame...


...que te espere, que te compreenda mesmo na loucura. Por alguém que te ajude: que te guie e que seja teu apoio. Tua esperança.. teu todo. Apaixone-se por alguém que volte para conversar com você depois de uma briga, depois do desencontro; por alguém que caminhe junto a ti e que seja seu companheiro. Apaixone-se por alguém que te ame, que sinta sua falta e que precise de você. Não apaixone-se apenas pela idéia de estar apaixonado.

Por favor, não me analise



Não fique procurando
cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Por que está o meu verso tão vazio de rompantes novos?



Tão longe de variações ou de tempos diferentes?
Por que, com o tempo, não vislumbro eu
Novos métodos e variantes inéditas?
Por que escrevo eu ainda uno, sempre o mesmo
E mantenho a invenção em uma região conhecida,
Que cada palavra quase me conhece por nome,
Mostrando o seu nascimento e de onde proveio?
Ah, saiba, querido amor, eu escrevo sempre de ti,
E tu e o amor são ainda meu argumento;
Então todo o meu melhor é vestir de roupagem nova palavras velhas,
Gastando novamente o que gasto já foi;
Assim como o sol diariamente é novo e velho,
Assim também está o meu amor a dizer o que é dito.

William Shakespeare

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

...



Eu gosto de andar pela rua, bater papo, de lua e de amigo engraçado. Eu gosto do volume, do perfume, do ciúme, do desvelo e de abraço apertado. Eu gosto de artistas diversos de crianças de berço e do som do atchim. Tem gente, muita gente que eu gosto, que eu quase aposto que não gosta de mim. Eu gosto de quem sempre acredita a violência é maldita e já foi longe demais. Eu gosto de inventar melodia, da palavra poesia e de palavra com til. Eu gosto é de beijo na boca de cantora bem rouca e de morar no Brasil. Eu gosto assim de quem é eterno de quem é moderno e de quem não quer ser. Eu gosto de varar madrugada, de quem conta piada e não consegue entender. Eu gosto de quem quer dar ajuda e acredita que muda o que não anda legal. Eu gosto é de ver coisa rara. A verdade na cara é do que gosto mais. Eu gosto porque assim vale a pena, a nossa vida é pequena e tá guardada em cristais. Eu gosto é que Deus cante em tudo e que não fique mudo morto em mil catedrais.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Eu gosto de um carinho vindo sem eu pedir.



De passear de mãos dadas, e de quem demonstra o que senti. Gosto de fazer as coisas mais simples, como passear em um parque e ficar olhando o céu, em um dia de sol, ou simplesmente ficar em casa assistindo filme em um dia de chuva. Eu gosto de ter ao meu lado quem eu possa deitar no colo, e chorar. De quem vai me abraçar quando eu estiver mal, só precisando de carinho. Eu nunca admito quando estou triste, mas quero que as pessoas adivinhem, e venham me dar um pouco de atenção. Gosto de quem pergunta mais de uma vez, se estou bem mesmo. Eu gosto de pessoas simples, de coisas simples. Eu gosto de quem se importa de verdade.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dois.


Como dois estranhos,
Cada um na sua estrada,
Nos deparamos, numa esquina, num lugar comum.
E aí? quais são seus planos?
Eu até que tenho vários.
Se me acompanhar, no caminho eu possso te contar.
E mesmo assim, queria te perguntar,
Se você tem ai contigo alguma coisa pra me dar,
Se tem espaço de sobra no seu coração.
Quer levar minha bagagem ou não?
E pelo visto, vou te inserir na minha paisagem
E você vai me ensinar as suas verdades
E se pensar, a gente já queria tudo isso desde o inicio.
De dia, vou me mostrar de longe.
De noite, você verá de perto.
O certo e o incerto, a gente vai saber.
E mesmo assim,
Queria te contar que eu talvez tenha aqui comigo,
Eu tenho alguma coisa pra te dar.
Tem espaço de sobra no meu coração.
Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão.

Tiê.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Eu gosto de viver o momento...



Sem nada programado.
Eu gosto de deixar acontecer.
Coisas programadas não são naturais.
Eu gosto do natural.
Eu gosto da verdade.
Gosto da espontaneidade.
Eu gosto de palavras ditas.
Silêncios compartilhados nos abraços.
Gosto de sentir o perfume.
Gosto de apreciar seu rosto e sentir sua pele.
Eu gosto de sentir saudade.
Mais gostoso ainda é matar a saudade.
Eu gosto do simples.
Gosto do alegre, do divertido.
Ah, o bom-humor.
Eu gosto do calor.
Gosto de te esquentar no frio.
Gosto de beijos e carinhos.
Eu gosto de cafuné.
Gosto de aproveitar cada momento.
Eu gosto de estar ao seu lado.

miicah leone.